quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

A hora de MUDAR é agora.


A Faixa de Gaza tem vivido momentos que beiram à anarquia nos últimos dias, o que levou o presidente da Autoridade Palestina, Yasser Arafat, a reformular as suas forças de segurança.

Deixemos uma coisa perfeitamente clara. Se a degradação e a mutilação por atacado da Faixa de Gaza for continuar; se a vontade de Israel é uma com a dos Estados Unidos; se a União Européia, a Rússia, as Nações Unidas e todas as organizações e agências legais internacionais espalhadas pelo globo vão continuar sentadas como manequins ocos sem fazer nada a não ser os repetidos "chamados" por um "cessar-fogo" de "ambos os lados"; se os covardes, obsequiosos e supinos Estados Árabes vão continuar de braços cruzados vendo seus irmãos serem trucidados de hora em hora enquanto a Super-Potência valentona do mundo olha-os ameaçadoramente de Washington.Descasque os clichês e o blá-blá-blá estridente e vazio da mídia servil e de seu patético corpo de servidores estatais voluntários no mundo ocidental e o que você encontrará é o desejo nu de hegemonia, de poder sobre os fracos e de domínio sobre a riqueza do mundo. Pior ainda, você encontrará o egocentrismo, o ódio e a indiferença, o racismo e a intimidação, o egoísmo e o hedonismo que tentamos tanto mascarar com nosso jargão sofisticado, nossas teorias e modelos acadêmicos refinados, que na verdade ajudam a guiar nossos desejos mais feios e baixos. A insensibilidade com que nos rendemos a eles já é endêmica à nossa cultura; nela floresce como moscas sobre um cadáver.Descasque os atuais símbolos e linguagem das vítimas dos nossos caprichos egoístas e devastadores e você encontrará os gritos desafetados, simples e cheios de paixão dos pisoteados; dos "condenados da terra" implorando para que você cesse sua agressão fria contra suas crianças e seus lares; suas famílias e seus vilarejos; implorando que os deixe em paz para que tenham seu peixe e seu pão, suas laranjas, suas olivas e seu tomilho; pedindo primeiro educadamente e depois com crescente descrença no porquê de você não poder deixá-los viver sem serem incomodados nas terras de seus ancestrais, sem serem explorados, livres do medo de serem expulsos, violados ou devastados; livres dos carimbos e dos bloqueios de estrada e dos postos policiais de controle e cruzamentos; dos monstruosos muros de concreto, torres de guarda, bunkers de concreto e arame farpado; dos tanques, das prisões, da tortura e da morte. Por que é impossível a vida sem essas políticas e instrumentos do inferno?
O sangue de vida do Movimento Nacional Palestino jorra hoje pelas ruas de Gaza. Cada gota que cai rega a terra da vingança, do ressentimento e do ódio não só na Palestina, mas em todo o Oriente Médio e em boa parte do mundo. Nós temos uma escolha sobre se isso deverá continuar ou não. Agora é a hora de escolher.


Romyzeta Schneider

MUNDO
mundo, se você pode ouvir, ouça o que eu preciso te dizer ... eu vejo, eu vejo tanto sangue ... eu não sei dizer de quem é, por que são tantos .. eu ouço, eu ouço tanto choro, e uma criança pede socorro, eu queria sair correndo e pega-la no colo, eu queria dizer que ela não precisava mais chorar, eu queria lhe dar um brinquedo e uma noite de sono em uma cama confortável, mundo ... aonde você está agora? por que não vê quem precisa de ti? mundo ... as novelas não tem sentimento, as fofocas passam, os seriados se repetem, as festas tem um fim, más mundo ... essas vidas são como você, essas vidas precisam de você, mundo ... cadê o seu amor? porque fala tanto nele e não o vive? porque dizes saber o que significa e não consegue demonstrá-lo mundo... ouça o clamor de quem sofre, e sofra junto a eles ...
Por Magna Oliveira.


domingo, 18 de janeiro de 2009

Quem somos?

Clandestinos?
Recusamos o espetáculo e nos tornamos pessoas anônimas. Sem nomes , rostos e narizes reais mostramos que nossas palavras, sonhos e desejos são mais importantes do que nossas biografias. Recusamos a sociedade da vigilância: que observa, controla, espiona,registra e acompanha cada um de nossos movimentos. Porque ao ocultar nossas identidades recuperamos o poder de nossos atos. Caracterizados: resistimos de uma forma engraçada e nos tornamosvisíveis.

Insurgentes?
Por termos surgido do nada e estarmos em todos os lugares. Porque idéias podem ser ignoradas, mas não censuradas, e uma insurreição da imaginação é irresistível. Porque sempre que caímos nos levantamos novamente,sabendo que nada se perde historicamente pois nada é finito. Porque embora a história se projeta em linha reta, surge como a água: às vezes escorrendo em espiral, às vezes pingando, fluindo ou inundando tudo -sempre irreconhecível, inesperada, incerta. Porque a chave da insurreição é o improviso, não meras reproduções baratas.

Rebeldes?
Por amarmos mais a vida e a felicidade do que a 'revolução'. Porque nenhuma revolução se completa e tranforma-se em eternas rebeliões. Porque não queremos mudar o mundo real, mas aquele que julgamos ser nosso. Porque sempre iremos desertar e desobedecer àqueles que abusam e acumulam poder. Pois rebeldes transformam tudo: como vivem, criam, comem, riem, brincam,aprendem, trocam, ouvem, pensam e acima de tudo a forma como se rebelam.

Palhaços?
Afinal, o que mais seríamos nesse mundo estúpido, se dentro de nós há sempre um palhaço tentando se rebelar? Os palhaços são: temíveis ,inocentes, espertos, estúpidos, dissidentes curandeiros e subversivos.Porque um palhaço, embora ridicularize, sobrevive a tudo aparentado sempre estar bem. Basta observar as autoridades, quando ridicularizadas sentem-se extremamente afetadas.

Exército?
Por vivermos num planeta em permanente guerra - a guerra do dinheiro contra a vida, o lucro contra a dignidade, o progresso contra o futuro.Porque uma guerra que se alimenta de sangue & morte e defeca dinheiro& toxinas merece um corpo obsceno de soldados contestadores. Porque apenas um exército pode declarar uma guerra absurda contra outra similar. Porque o combate requer disciplina e comprometimento. Porque palhaços sozinhos são figuras patéticas, porém em grupos, brigadas ou batalhões são extremamente perigosos. Somos um exército por estarmos odiando: onde as bombas falharem nós vamos rir e os ridicularizar. E nossas risadas precisam de eco.

e ... quem somos?

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Empresas multinacionais são assim chamadas porque operam em muitos países ao mesmo tempo, mas pertencem a poucos países que monopolizam a riqueza, o poder político, militar e cultural, o conhecimento científico e a alta tecnologia. As dez maiores multinacionais somam atualmente uma receita maior do que a de cem países juntos.

Países em desenvolvimento é o nome pelo qual os entendidos designam os países subordinados ao desenvolvimento alheio. Segundo as Nações Unidas, os países em desenvolvimento enviam aos países desenvolvidos, através de desiguais relações comerciais e financeiras, dez vezes mais dinheiro do que aquele que recebem através da ajuda externa.

Ajuda externa é o nome do impostozinho que o vício paga à virtude nas relações internacionais. A ajuda externa é distribuída de tal maneira que, em regra, confirma a injustiça, raramente a contradiz. A África negra, em 1995, acumulava cerca de 75% dos casos de AIDS no mundo, mas recebia só 3% dos fundos distribuídos pelos organismos internacionais para a prevenção da peste.

O que faz um mundo pior?